As ODS fazem parte do plano de desenvolvimento sustentável da ONU, a Agenda 2030, e um de seus objetivos é proteger a vida marinha.

ODS 14

Proteger a vida marinha

Saiba mais

Vida na água

Qual o objetivo da ODS 14?

“Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.” No Brasil, ele se torna especialmente relevante, uma vez que a costa brasileira possui cerca de 7,500 km de extensão.

Qual a importância da ODS 14?

Os oceanos do planeta – suas temperaturas e vidas marinhas – são responsáveis para garantir que a Terra seja um local habitável. Como gerenciamos esses recursos é vital para a humanidade como um todo, para contrabalancear a mudança global do clima.

Os ODS garantem o gerenciamento sustentável e a proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros, combatendo os impactos da acidificação dos oceanos. Intensifica a conservação e o uso dos recursos marítimos e colabora para termos oceanos limpos e sustentáveis.

Oceanos absorvem 30% do dióxido de carbono

Aumento de 26% da sua acidificação nos últimos anos

Média de 13.000 peças de lixo por km quadrado de oceano

Poluição de Origem Terrestre

O plástico nos oceanos é um dos grandes problemas ambientais do nosso tempo. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a Ellen MacArthur Foundation estima que, até 2050, o mar terá mais peso em plástico do que em peixes. Os animais frequentemente se sufocam com o lixo flutuante e muitos ingerem esses resíduos, confundindo-os com alimentos. Assim, o plástico entra na cadeia alimentar, e acredita-se que quem come frutos do mar regularmente ingere cerca de 11 mil pedaços de microplástico por ano.

11 milhões

de toneladas de plástico são despejados nos oceanos, todos os anos.

100 mil

animais marinhos morrem ingerindo plásticos.

11 mil

pedaços de microplásticos são ingeridos por quem come frutos do mar regularmente.

Acidificação

Os oceanos absorvem quase um terço do gás carbônico emitido pelas atividades humanas. No processo de acidificação, o contato do CO2 com a água forma o ácido carbônico, que se dissocia no mar e afeta diretamente organismos calcificadores que não poderão mais concorrer para sobreviver nos oceanos do futuro.

Pesca

Sobrepesca e pesca ilegal

Diante do colapso das populações de grandes peixes, as frotas comerciais começaram a viajar para áreas mais profundas do oceano e mais abaixo na cadeia alimentar para capturas viáveis. Essa técnica, de 'pescar descendo a cadeia alimentar', desencadeou uma sequência de reações que perturba o equilíbrio marinho.

Esforços para evitar a sobrepesca

Os limites máximos de captura, ou cotas, são uma forma de gestão da pesca que limita a quantidade de peixe a ser retirada do mar todos os anos. Nos países que conseguiram reverter a tendência de declínio dos estoques pesqueiros, as cotas sempre aparecem como uma ferramenta importante.

Pequenos pescadores

A pesca artesanal apresenta grande importância para as nações em desenvolvimento. Embora realizada em pequena escala, a pesca artesanal é responsável por metade do pescado consumido pela população humana, e emprega 25 vezes mais trabalhadores do que a pesca industrial. A sua área de ação é bem pequena, ficando somente em volta de rios, lagos e nas proximidades da costa. Entre as técnicas frequentemente utilizadas neste segmento, pode-se citar:

Pesca de linha e anzol

Que reduz a captura acidental.

Juvenis

Auxiliando na manutenção das populações de peixes.

Redes de cerco

Lançadas por barcos em volta dos cardumes a fim de encurralá-los.

Benefícios econômicos e sustentáveis

Importantes medidas foram tomadas para a pesca de atuns, afins e cardume associado que auxiliarão no combate à pesca IUU (Pesca ilegal, não comunicada e não regulamentada) e na promoção da gestão sustentável. Os pontos de desembarque obrigatórios para atuns e afins e as novas e limitadas autorizações de pesca para atuns, afins e cardume associado permitirão um maior controle e monitoramento destas pescarias e ajudarão o Brasil a voltar a ocupar uma posição de destaque na International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT).

59,6 milhões

de pessoas foram empregadas na pesca e aquicultura em 2016.

200 milhões

de oportunidades de emprego diretas e indiretas na cadeia produtiva do pescado.

152 bilhões

de dólares gerados em 2017 pela comercialização de frutos do mar.

Desenvolvimento científico

O Relatório Mundial sobre a Ciência Oceânica descobriu que a ciência oceânica é responsável por apenas de 0,04% a 4% do total de gastos com pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo. A Década da Ciência Oceânica ajudará a mobilizar parcerias e a aumentar o investimento em áreas prioritárias nas quais a ação é urgentemente necessária.

UNCLOS

A UNCLOS (United Nations Convention on the Law of the Sea), é resultante de um contínuo esforço de negociação da comunidade internacional com o propósito de solucionar, as questões relativas ao Direito do Mar. Sendo um objeto de disputas e conflitos armados por um grade período. Em 16 de novembro de 1994, a Convenção entrou em vigor com a ratificação do sexagésimo Estado.

CNUDM

Uma das maiores contribuições da CNUDM para o Brasil e o mundo, foi a efetivação de novos limites para os espaços marítimos, excepcionalmente quanto ao mar territorial, à zona econômica exclusiva e a plataforma continental. Esses novos limites dos espaços marítimos, aumentaram no território nacional, em termos econômicos, políticos, estrangeiro e ambiental. A CNUDM estabelece o conceito de linhas de base a partir das quais passam a ser contados:

o mar territorial até 12 milhas náuticas
zona contígua até 24 milhas náuticas
zona econômica exclusiva 200 milhas náuticas